segunda-feira, 8 de maio de 2017

Felisquié foi lançada em Salvador com música, palestra e poesia

Foto: Blog da Gaivota


Aconteceu neste final de semana (06/05), em Salvador, o evento de divulgação da Festa Literária Internacional do Sertão de Jequié, no Museu de Arte da Bahia, na Avenida Sete de Setembro, 2440, Corredor da Vitória. Com participação gratuita, o encontro teve uma vasta programação e divulgou palestrantes, poetas e a música de Fábio Haendel, que estará, também, em Jequié, de 02 a 04 de junho, no Centro de Cultura ACM.

Maribel Barreto - Foto: Blog da Gaivota

Dentre as palestras, o público desfrutou da apresentação "Literatura ficcional e consciência", com Maribel Barreto, Pós-doutorado em Consciência, Transdisciplinaridade e Educação pela Universidade Católica de Brasília/Brasil, e Criatividade e Educação e Doutora em Educação pela Universidade de Brasília/UNB/Brasil, membro da Academia de Letras de Jequié.

“Cordel na Bahia: literatura popular multifacetada”, foi o
tema discorrido por Luciano Ferreira (foto: Blog da Gaivota) - Licenciado em Letras com Língua Espanhola (UEFS), especialista em Metodologia do ensino da língua espanhola (Uninter), especialista e mestre em Estudos Literários (UEFS). 

Já Domingos Ailton, Curador da Felisquié, fez a apresentação do evento e palestrou sobre o tema "Da literatura popular à literatura acadêmica".

Na roda de Conversa - “Vivências e produções literárias”, Cidinha da Silva fez
leituras contextualizadas de alguns de seus livros, Sobreviventes e #Parem de nos matar, além de expor à venda estes e outros trabalhos autorais. Na sua fala, Cidinha, que é prosadora, dramaturga e doutoranda no Programa Multi-Institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento da Universidade Federal da Bahia, explanou sobre os desafios de produção e escoamento de literatura negra, principalmente quando se trata de mulheres negras. (Foto Blog da Gaivota. Esquerda: Cidinha da Silva; direita, Dayse Sacramento)

Ainda sobre vivências e produções literárias, Dayse Sacramento historiou sua descoberta das letras, através dos incentivos da mãe, em textos que nem sempre lhe contemplou como mulher negra. Nas leituras de Machado de Assis e outros e outras escritores/as negros/as, como Carolina Maria de Jesus, a palestrante disse que achou o seu caminho nas letras, tanto que se formou professora de língua portuguesa e pesquisa a produção e consumo de literatura feitos por negros e negras. Dayse é feminista negra, graduada em Letras, mestra em Crítica Cultural, com pesquisa realizada na FUNDAC, com adolescentes negras em privação de liberdade e suas trajetórias de vida durante o processo de socioeducação, professora de Língua Portuguesa do IFBA e doutoranda em Literatura e Cultura pela UFBA.

O lançamento da Felisquié em Salvador terá cenário com projeções mapeadas do artista visual Eldelsio Lima com ilustrações de Fefa Yanevisk. A cobertura fotográfica ficou por conta do Blog da Gaivota. A imprensa fez ampla cobertura, em sites do estado e de fora, sem falar em nota do A TARDE e matéria de meia página na Tribuna da Bahia. A poesia e a música contou, ainda com recital de Fábio Haendel, Jorge Baptista Carrano, Milica San, Márcio Uills, Nilson Galvão, Yuretta Sant'Anna e Valdeck Almeida de Jesus. Tina Tude encerrou o recital com o poema Candombá, de seu pai Tude Celestino.
Tina Tude - Foto: Blog da Gaivota

A Felisquié conta com financiamento do Fundo Estadual de Cultura, através do Edital de Literatura da Funceb, Secretaria da Fazenda, Secretaria de Cultura e Governo do Estado da Bahia, e pretende ampliar as parcerias. A organização do evento já procurou a Empresa e Editora Gráfica da Bahia, a Uesb, as secretarias Municipais de Cultura e Turismo e de Educação de Jequié, o Núcleo 22 de Educação, o Sesc e a Bahiatursa, para que a ampla programação que está sendo planejada possa ser concretizada, o que deve atrair um grande número de pessoas para Jequié de diversas regiões da Bahia e do Brasil.

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